quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Educação a Distância na UEM - momento de luto


As pessoas que me conhecem sabem que estou apoiando a chapa 1 para as eleições para reitoria da UEM neste ano de 2014, por acreditar que os professores Mário e Paulo são as melhores opções para administrar nossa universidade nos próximos 4 anos. No entanto, não escrevo aqui como apoiador de uma chapa, mas sim, como alguém que acredita na Educação a Distância (EaD) na UEM e que, desde 2008, vem trabalhando na coordenação do curso de Pedagogia nesta modalidade.

O que ocorre é que na segunda-feira passada, dia 04/08/2014, o Conselho Universitário (COU) decidiu que, diferentemente da eleição de 2010, os alunos da EaD não votarão eletronicamente nas eleições para reitor e vice-reitor da UEM. A decisão significa que os alunos da EaD terão que votar presencialmente em Maringá. O COU simplesmente alijou os alunos da EaD da votação, pois como são estudantes que frequentam polos, na grande maioria dos casos, em cidades distantes de Maringá, será praticamente impossível que eles venham para cá para exercerem seu direito ao voto. A Comissão Eleitoral, por sua vez, no dia de hoje (07/08), não acatou uma solicitação da chapa 1 de que os alunos pudessem votar, então, nos seus polos, pois ela entende que os alunos são ligados ao Núcleo de Educação a Distância e, como tal órgão fica em Maringá, os alunos são matriculados na sede e, portanto, reverberando a decisão do COU, decidiram que os alunos da modalidade EaD devem votar, presencialmente, em Maringá.

É um momento triste para a EaD da UEM; é um momento de luto!! É um retrocesso histórico a demonstrar que existem pessoas que ainda não acreditam na eficiência e eficácia desta modalidade. Infelizmente!! Tivemos que vencer muitos desafios e muitas críticas para institucionalizar a EaD na UEM e pensávamos que os maiores obstáculos já haviam sido vencidos. Parece que estávamos enganados. Vozes insensíveis se levantaram novamente. Parece que temos ainda muito a batalhar pelo reconhecimento da EaD. E uma das pautas é mostrar que, assim como foi na eleição para reitoria no ano de 2010, os alunos que frequentam cursos numa modalidade que não seja presencial têm o direito a votar eletrônicamente, ou que, pelo menos, que sejam colocadas urnas nos polos para que eles votem nos locais onde realizam as atividades presenciais.

Antes da decisão do COU, duas outras chapas (a 2 e a 3), das quatro que concorrem à reitoria nesta eleição, entraram com pedido no COU para que os alunos da EaD não votassem eletronicamente, alegando que se tratava de isonomia, de igualdade com os outros alunos. Ora, o que as chapas não entendem (ou não querem interessadamente entender) é que a melhor forma de se conseguir a igualdade é tratar desigualmente os desiguais.

É preciso reafirmar que o ataque que a EaD está sofrendo agora está ligado às eleições para reitoria da UEM e que, portanto, é preciso, também, que meus eleitores saibam que a única chapa que fez algo de concreto para defender os alunos desta modalidade foi a chapa 1, pois as chapas 2 e 3 expuseram seu preconceito publicamente e a chapa 4 não moveu uma palha em apoio da EaD da UEM.