sábado, 9 de junho de 2012

Crítica e democracia



Uma das coisas que minha geração valoriza sempre (ou deve valorizar) é o fato de termos passado por um período de ditadura e de controle e censura das opiniões, atos e ideologias. Reconquistamos a democracia e temos que lutar sempre para mantê-la, mas não só no sentido político mais abrangente, mas, especialmente, pois é aí que tudo começa, interiormente, em nossas relações pessoais.

Escrevo isto pelo incômodo que sinto com as críticas postadas aos meus post, especialmente àqueles que dizem respeito mais às relações pessoais do que institucionais. Mas, o incômodo não é pela crítica em si, pois aprendi a lidar com elas e as tenho como algo essencial na vida; o contraponto é sempre bem vindo!! Mas, me pergunto porque as críticas vêm como anônimas? Qual o problema em revelar o nome do crítico? Qual o receio? Sinceramente, não consigo entender... 

Sempre soube que ao expor minhas idéias num blog público corria o risco das críticas, de ser taxado como infantil, superficial etc. Mas, continuo achando que, carecendo de muita qualidade ainda, posso contribuir, sim, para pensar sobre a realidade que vivemos. Os meus críticos podem me acusar de tudo, menos de falta de coragem de expor a crise, procurando fugir das receitas de auto-ajuda tão comuns nos dias de hoje. Será que não está faltando coragem aos meus críticos para se exporem também???

PS: apenas para lembrar porque me preocupo com temas como solidão humana, luto, dor, amor-próprio, poder, submissão etc, um estudo da Organização Mundial de Saúde aponta que nos próximos 10 anos, as doenças psíquicas se tornarão epidêmicas e, quando se fala nisso, impossível não se incomodar...

2 comentários:

  1. Dorian escreve: falando em psiquica? Recomendo uma ou um. Melhor um. Pois se não a claque se canditara. Democracia em blog? Inocencio!

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  2. Queridíssimo Professor Celio,

    Quero deixar aqui registrados, alguns apontamentos nos quais que oxalá, continue sendo considerados como indicações em mensagens para caminhões!

    Lembra-se que algumas vezes, em sala de aula (quando discutíamos a leitura dos clássicos) insisti em dizer que podemos deixar nosso preconceito de lado, ampliando nossa leitura para além da erudição acadêmica? Certamente, parece heresia falar nos corredores ou nas salas de aulas dos cursos stricto sensu da vida, que lemos um livro de autoajuda, não é mesmo? Se for um doutor, um pós-doutor, meu Deus, é perigoso ser queimado numa fogueira. Imaginem se souberem que já lhe presentei com Augusto Cury?

    Eu sei que para muitos, a necessidade da superioridade intelectual é algo indispensável, para massagear o ego dos que se acham o melhor biscoito do pacote. Mas estou certa de que a humildade de se curvar ao conhecimento, com simplicidade, desfazendo-se de pesos e medidas, torna a leitura, seja científica, poética, de blogs ou de “butiquim”, muito mais significativa. Porém, imagina um Doutor ou um PHdeus lendo Augusto Cury, Paulo Coelho? Ora, estes servem ao povão, a tal da massa! Um cérebro altamente desenvolvido, não se rebaixará a tal pobreza! Não é mesmo?

    Dessa forma, para rechear estes comentários com bastante pobreza intelectual, vou citar meu querido Augusto Cury que diz em seu livro (veja que lindo título) “As dez leis para ser feliz”:
    ...Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise...Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história...É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma...É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida...Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...

    Charles Baudelair, também é bem oportuno nessa salada que estou fazendo, pois além da tequila, da cerveja (curtindo ao bom som de Raulzito), faltou o vinho, meu preferido por sinal! Como Baudelair disse:...É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua...Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos...E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'...

    Que tal um pouquinho de Paulo Coelho, para compreender melhor os motivos aos quais alguém pode se incomodar tanto com a vida alheia? Veja que bela resposta:...“Os que te odeiam são admiradores ocultos que não entendem porque tantos te amam”...(e sua claque meu caro professor, aplaude de pé!)

    Não posso esquecer que para complementar essa reflexão, voltarei ao tempo para citar o nosso ilustre William Shakespeare, quando diz: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”...

    E como adoro terminar o que escrevo dizendo:

    Para finalizar acrescento um pouquinho de...opa...dessa vez não será Wilde, mas sim, Einstein que dizia:

    ...Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada...

    O melhor a fazer é ficar com o Z!

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