segunda-feira, 19 de março de 2012

Ele

As pessoas, no geral, amigos ou inimigos, o respeitavam muito. A ele atribuíam várias qualidades: inteligência, capacidade de liderar, organização, diálogo e respeito pelos outros. Os amigos o consideravam mais ainda: culto, exemplo profissional, carinhoso, espirituoso, compreensivo, incentivador... Ele próprio reconhecia algumas dessas qualidades, mas achava que, no fundo, as pessoas, especialmente os amigos, o viam hiperbolicamente. Como apenas poucos o conheciam de fato, pois apenas para poucos escolhidos ele realmente abria o coração, a maioria o encarava como, de fato, ele menos era: uma fortaleza ambulante. Na verdade ele tinha suas neuroses, suas precipitações, suas maldades, suas fantasias, suas bizarrices e criancices e, especialmente, ele tinha seus medos... Enfim, ele era uma pessoa normal... Talvez o que ele mais gostasse nele mesmo era o fato de acreditar que realmente a vida não era linear, e que não devia ser mesmo linear e, quem sabe por isso, ele tinha uma capacidade de se apaixonar de forma intensa. Queria tê-lo conhecido mais, queria tê-lo conhecido mais cedo. Quem sabe ainda não nos reencontramos?? Será um grande prazer!!!

Um comentário:

  1. A bravura no coração de um homem...encanta, e nos faz acreditar que a vida é muito mais do que aquilo que conhecemos...
    E esteja certo de que reencontros... acontecem...sempre...

    Lindo texto Célio, abraços...Nêgime.

    ResponderExcluir